O Fascismo como “Terceira Via”

Vemos atualmente com muita frequência os brasileiros simpatizantes dos movimentos Socialistas chamarem todos os seus opositores de “Fascistas” e inclusive o presidente Bolsonaro de “genocida”, associando-o à figura abjeta de Hitler e o seu Holocausto. Mas de onde vem esta definição e porque ela parece tão polarizada?

A resposta está na História europeia do século XIX e nas suas sangrentas e violentas guerras mundiais e revoluções políticas! Mas ao vasculharmos os livros e as redes sociais vemos que o Fascismo, assim como o Nazismo, às vezes é tido como de Extrema Esquerda e às vezes como de Extrema Direita, de acordo com o autor das ideias: ambos os lados acreditam que o Nazifascismo está “do outro lado do espectro”! Como isso é possível? A explicação é complexa, mas a conclusão é simples: o Nazifascismo não está nem na Direita, nem na Esquerda! Ele foi construído por Mussolini e por Hitler para ser uma “Terceira Via”, além do Capitalismo e do Socialismo. Exatamente por isso se forçarmos a colocação do Nazifascismo no espectro Direta x Esquerda, ele poderá cair em ambos os lados, dependendo das características que usarmos para condená-lo!

Em primeiro lugar temos que entender que ambos os movimentos foram sendo construídos ao longo do tempo e se adaptando e ajustando ao sabor dos fatos e eventos, tendo sido primeiramente concebido na Itália e depois avançado para a Alemanha e outros países. Como o Fascismo foi o primeiro a surgir e o termo “Fascismo” é mais usado do que “Nazismo”, vamos começar por ele para demonstrar esta questão e como Benito Mussolini é considerado o “fundador do Fascismo”, vamos conhecer um pouco da sua história.

O pai de Benito Amilcare Andrea Mussolini era um ferreiro e ativista anarquista e por isso escolheu o seu nome: “Benito” foi escolhido em homenagem à Benito Juárez, líder revolucionário e ex-presidente do México, enquanto seus outros nomes, “Amilcare” e “Andrea”, eram dos socialistas italianos Amilcare Cipriani e Andrea Costa, o último fundador do Partido Socialista Revolucionário da Romagna!

Quando criança Mussolini foi exposto às crenças políticas de seu pai Alessandro, que era socialista e republicano, mas também nacionalista e por sua influência acabou aproximando-se do Socialismo militante e em 1900 ingressou no Partido Socialista Italiano, fundado em 1892.

Nos círculos do movimento fascista nascente, no início do século XX, surgiu a teorização de um sistema político, cultural, social e econômico novo, que se chamaria ”Terceira Posição” (Terza Posizione), também conhecida como ”Terceira Via Fascista” (Terza Via Fascista) ou ”Terceira Alternativa” (Terza Alternativa). Observe aqui que o movimento já nasceu para ser uma “alternativa ao Capitalismo e Comunismo” e já se chamava “Terceira Via ou Posição Alternativa” desde aquela época!

Em 23 de março de 1919, futuristas, nacionalistas, sindicalistas revolucionários, veteranos da Primeira Guerra Mundial e outros proponentes do nascimento de um novo sistema político alternativo aos atuais, reuniram-se no congresso em Milão na Praça São Sepulcro, elaborando um programa a partir do qual o Fascismo nasceu; da praça onde a reunião foi realizada, o movimento tomou o nome de “Sãosepulcrismo”.

A observação inicial foi de que “monarquias liberais, social-democracias e democracias dominantes na Europa eram plutocracias corruptas e decadentes, governadas por sistemas afetados por desvios partidários e maçônicos”. O objetivo dos congressistas era um sistema político baseado nos princípios da ”democracia orgânica” ou “corporativa”: “O fascismo é um método, não um fim; se quiser, é “uma autocracia no caminho da democracia”. (Benito Mussolini, 1926).

Em 23 de março de 1919, Mussolini fundou o Fasci Italiani di Combattimento, como o sucessor do Fascio d’azione rivoluzionaria, na Piazza San Sepolcro, onde Mussolini delinearia os três pontos fundamentais do movimento:

I. A grandeza da pátria e a liberdade do mundo; II. A oposição ao imperialismo de outros povos em detrimento da Itália e ao eventual imperialismo italiano em detrimento de outros povos; III. Compromisso dos fascistas em sabotar por todos os meios as candidaturas dos neutralistas de todos os partidos … “Agora é irrefutável que o Bolchevismo (doutrina da ala esquerda majoritária do Partido Operário Social-Democrata Russo, adepta do Marxismo revolucionário pregado por Lênin) arruinou a vida econômica da Rússia … Declaramos guerra ao socialismo, não porque seja socialista, mas porque foi contra a nação e porque o fenômeno bolchevique não suprime as classes, mas é uma ditadura, exercida com ferocidade”. … Com relação à democracia econômica, estamos no campo do sindicalismo nacional e contra a interferência do Estado, quando ele quer assassinar o processo de criação de riqueza.

Entre março e junho de 1919, Mussolini disse: “Somos, antes de tudo, libertários, ou seja, pessoas que amam a liberdade de todos, até dos adversários… Faremos todo o possível para evitar a censura e preservar a liberdade de pensamento da expressão, que constitui uma das maiores conquistas e expressões da civilização humana.” Vemos que aqui ele declara guerra ao marxismo e caminha para o Libertarianismo e a economia de mercado!

Mussolini, ao longo do tempo, incluiu elementos de nacionalismo, corporativismo, anticapitalismo, sindicalismo nacional, expansionismo, progresso social, antiliberalismo e anticomunismo, se opondo às ideias de ”luta de classes” e do materialismo histórico (Marxismo científico), combinado com a censura de subversivos e maciça propaganda do Estado e culto à personalidade em volta do líder (populismo). Com tantos “ismos” é tão impossível quanto é fácil colocar o Fascimo em qualquer lugar do espectro político, conforme a parte que for pinçada e encaixada!

A nova linha não foi aceita pelo partido e em dois dias Mussolini pediu demissão do jornal e rapidamente conseguiu fundar seu próprio jornal: Il Popolo d’Italia, cujo primeiro número saiu em 15 de novembro. Em 24 de novembro de 1914 Mussolini foi expulso do Partido Socialista Italiano por “indignidade política e moral”, pelo que ele diria: “Não pense que, tirando meu cartão de mim, você vai proibir minha fé socialista, me impedir de continuar a trabalhar pela causa do socialismo e da revolução”. E em 29 de novembro, Gritou para seus acusadores: “Vocês acham que podem me expulsar, mas verão que voltarei. Sou e continuarei sendo um socialista e minhas convicções nunca mudarão. Elas se erguem sobre meus próprios ossos”.

Pela sua crença socialista inicial, Mussolini desenvolveria uma atitude anticlerical e se declarou ateu! Mussolini publicaria seu primeiro livro, um tratado ateísta intitulado ”Homem e Divindade: Deus Não Existe” no qual proclamava: “Fiel, o Anticristo nasceu”.

Em 5 de dezembro de 1914, Mussolini denunciou o Marxismo ortodoxo, corpo de pensamento marxista que surgiu após a morte de Karl Marx e que se tornou a filosofia oficial da maioria do movimento socialista representado na Segunda Internacional até a Primeira Guerra Mundial, por “não reconhecer que a guerra tornara a identidade nacional e a lealdade mais importantes do que a distinção de classe”. Ele demonstrou plenamente sua transformação em um discurso em que reconheceu a nação como uma entidade, noção que havia rejeitado antes da guerra, dizendo:

“Falo de socialista para socialista: como socialista, porque ninguém neste período histórico dinâmico e agitado pode reivindicar a posse da verdade absoluta … E as mentalidades são estas, são duas: a mentalidade dogmática, fixa, eterna, imóvel [o chamado “Marxismo científico”]. Uma verdade foi dita em 1848 e deve permanecer a verdade por todos os séculos. … Agora nós, depois de termos superado a crise que vinha de querer permanecer fiéis ao que nos parecia verdades absolutas, em certo momento vimos que a realidade subjugava essas verdades … A nação não desapareceu. … A classe não pode destruir a nação. A classe se revela como um conjunto de interesses, mas a nação é uma história de sentimentos, tradições, língua, cultura e linhagem. A classe pode se tornar parte integrante da nação, mas uma não pode ofuscar a outra. E então, se isso for verdade, muitas outras verdades serão apresentadas mais tarde, quando esses eventos tiverem terminado seu curso. Devemos examinar a questão de um ponto de vista socialista e nacional.”

Em 1915, Mussolini fundou o movimento Fascio d’azione rivoluzionaria e o Partido Revolucionário Fascista. Seus membros começaram a se referir a si mesmos como “fascistas”, denunciando o Marxismo, mas apoiando o Socialismo e o primeiro congresso foi realizado em 24 e 25 de janeiro de 1915, onde Mussolini expressaria: “Liberdade para repudiar Marx se Marx estiver velho e acabado … De Ambris só poderia – dados o tempo e o lugar – apontar a possibilidade e necessidade dessa demolição e reconstrução de doutrinas; mas acredito que – uma vez passada a tempestade da guerra – esta será a árdua e preliminar tarefa da nova crítica socialista.”

Nos dias 24 e 25 de maio de 1920, Mussolini participou do Segundo Congresso Fascista, realizado na Ópera de Milão, que passou a ser financiado por industriais. Em 7 de setembro em Cremona, Mussolini diria: “Sou reacionário e revolucionário, dependendo das circunstâncias. Melhor dizer, se posso usar esse termo químico, que sou um reagente. … Sou um revolucionário quando vou contra toda a rigidez conservadora dominante e contra toda a tirania libertária … Não nos opomos ao socialismo em si, mas à sua máscara bolchevique atual.”

São estas mudanças de opinião e posição política que confundem tanto os leigos em relação à polarização do Fascismo! Mas ainda existirão muitas flutuações!

Em 2 de abril de 1921 Mussolini aceitou o pedido de Gliolitti para ingressar no “Bloco Nacional” junto com o Partido Social-democrata Italiano, a Associação Nacionalista Italiana e o Partido Liberal Italiano e nas eleições gerais da Itália em 15 de maio de 1921, os fascistas conquistaram 35 cadeiras no parlamento italiano, incluindo Mussolini. Durante seu discurso de posse como deputado fascista recém-eleito em 21 de junho de 1921, Mussolini exclamou:

“Não me importo, senhoras e senhores, começar meu discurso na cadeira da extrema direita … Passo agora para examinar a posição do fascismo em relação aos diferentes partidos. Começo com o Partido Comunista … Quando a soma total da riqueza mundial é muito pequena, a primeira ideia que vem aos homens é colocar tudo junto para que todos tenham um pouco. Mas esta é apenas a primeira fase do comunismo, a fase do consumo. Depois vem a fase de produção, que é muito mais difícil … aquele formidável artista (não o legislador) que responde pelo nome de Vladimir Ulianov Lenin, quando teve que dar forma ao material humano, percebeu que era muito mais difícil do que bronze ou mármore. Eu conheço os comunistas. Eu os conheço porque muitos deles são meus filhos, quer dizer, claro, espiritualmente … Enquanto os comunistas falarem da ditadura do proletariado, uma federação de repúblicas mais ou menos federativas, os sovietes e tais absurdos … só pode haver uma luta entre eles e nós … Não estou aqui para superestimar a importância do movimento sindical … Ouça, afinal, o que vou dizer … Não nos oporemos e, em vez disso, votaremos a favor de todas as medidas e disposições destinadas a melhorar a nossa legislação social. Nem mesmo nos oporemos a experimentos de cooperativismo. Mas digo-lhes imediatamente que nos oporemos com todas as nossas forças às tentativas de socialização, nacionalização, coletivização! Estamos fartos de socialismo de estado! … Não só isso, mas afirmamos, e com base na literatura socialista recente que não se deve repudiar, que a verdadeira história do capitalismo começa agora, porque o capitalismo não é apenas um sistema de opressão … Tão verdadeiro é isso que Lenin, depois de instituir os conselhos de fábrica, ele os aboliu … É bem verdade que, depois de nacionalizar o comércio, ele reintroduziu o regime de liberdade; e … depois de ter reprimido … a burguesia, hoje ele a reúne, porque sem o capitalismo e seu sistema técnico de produção, a Rússia jamais poderia se levantar.”

E em 1921 Mussolini argumentou que a política econômica fascista era liberal, promovendo essas políticas como “objetivos imediatos”. Mussolini, tendo testemunhado o fracasso econômico do bolchevismo com o comunismo de guerra e a implementação da Nova Política Econômica de Lenin, considerou que a economia de livre mercado ainda tinha alguma relevância e, portanto, uma política econômica que maximizasse e sofisticasse a produtividade material da nação deveria ser implementada porque o capitalismo ainda não havia esgotado sua “função histórica” e estava vivo. Ainda em 1921, Mussolini defendeu um plano para mudar o nome do Partido Revolucionário Fascista e do Fasci Italiani di Combattimento para “Partido Trabalhista Fascista” ou “Partido Trabalhista Nacional” no Terceiro Congresso Fascista em Roma (7 a 10 de novembro de 1921), em um esforço para manter seu apoio ao sindicalismo. Mussolini imaginou um partido político mais bem-sucedido se fosse baseado em uma coalizão fascista de sindicatos trabalhistas. Esta aliança com os socialistas e os trabalhadores foi descrita como uma espécie de “governo de coalizão nacionalista-esquerdista”. Nesse sentido, Mussolini diria:

“Em economia, somos abertamente anti-socialistas. Não me arrependo de ter sido socialista. Cortei todos os laços com o passado … Não se trata de entrar no socialismo, mas de sair dele. Em matéria econômica somos Liberais, porque acreditamos que a economia nacional não pode ser confiada a órgãos colectivos e burocráticos. Após a experiência russa, vimos o suficiente. Porém, devolveria as ferrovias e telégrafos às empresas privadas, porque o sistema atual é monstruoso e vulnerável em todos os seus aspectos … As doutrinas socialistas ruíram: caíram os mitos internacionais, a luta de classes é uma fábula porque a humanidade não pode ser dividida. O proletariado e a burguesia não existem historicamente; São duas faces da mesma moeda. Não acreditamos nessas histórias. O proletariado, mesmo onde esteve no poder, está aprisionado pelo capitalismo. Somos anti-socialistas, mas não necessariamente anti-proletários.”

Já em um discurso de 1922, Mussolini proclamaria: “No entanto, uma coisa é muito clara. Toda a superestrutura socialistoide-democrática deve ser destruída. Devemos ter um Estado que simplesmente diga: “O Estado não representa um partido, o Estado representa a coletividade nacional, inclui a todos, supera a todos, protege a todos e luta contra quem tenta minar sua soberania inviolável”.

Em 21 de abril de 1927, Benito Mussolini promulgou a Carta do Trabalho. Nela se estabelece o reconhecimento das corporações, onde todos os aspectos da produção nacional estavam concentrados, se estabelece o contrato coletivo de trabalho e se considera a iniciativa privada a mais eficiente e útil para os interesses da nação:

“O Estado corporativo considera a iniciativa privada no campo da produção como a ferramenta mais eficaz e útil no interesse da nação. Sendo a organização privada da produção uma função do interesse nacional, o organizador do empreendimento é responsável pelo endereço da produção face do Estado. A reciprocidade de direitos e deveres entre eles decorre da colaboração das forças produtivas. O prestador de serviços, técnico, empregado ou operários é um colaborador ativo do empreendimento econômico, no sentido do qual cabe ao empregador a responsabilidade pelos mesmos.”

E em 1928, Mussolini diria: “Como o século passado viu a economia capitalista, o século atual verá a economia corporativa … Capital e trabalho devem estar em pé de igualdade e a igualdade de direitos e deveres deve ser dada a ambos.” Aqui estão alguns dos pilares do Fascismo: o Nacionalismo e o Cooperativismo!

Em 1933 Mussolini argumentaria que a Itália não era “uma nação capitalista no sentido atual da palavra”, acrescentando que: “Hoje podemos afirmar, que o modo de produção capitalista foi superado, e com ele, a teoria do liberalismo econômico que o explicou e o elogiou … Com a criação da Milícia, defesa armada do Partido e da Revolução, e do Grande Conselho, órgão supremo da Revolução, entramos definitivamente no caminho da Revolução, depois de desferir um golpe mortal em tudo que defendia a teoria e a prática do liberalismo. Hoje também estamos enterrando o liberalismo econômico … O Corporativismo substitui o Socialismo e substitui o Liberalismo; estabelece uma nova síntese.”

Neste momento Mussolini deixa clara a ideia de que o Fascismo foi além da polarização “Socialismo x Capitalismo” e estava centrado em uma nação forte e um sistema corporativo!

Em seu testamento, Mussolini escreveu:

“Ninguém que seja um verdadeiro italiano, seja qual for sua fé política, se desesperará no futuro. … Os trabalhadores são infinitamente superiores a todos os falsos profetas que afirmam representá-los… Por isso fui e sou socialista! A alegação de inconsistência é infundada. … Como a evolução da sociedade refutou muitas das profecias de Marx, o verdadeiro socialismo retrocedeu do possível para o provável… O único socialismo que pode ser implementado socialisticamente é o Corporativismo, ponto de confluência, equilíbrio e justiça de interesses em relação ao interesse coletivo… Vinte anos de fascismo, ninguém será capaz de apagá-los da história da Itália”.

Apesar destas palavras do seu testamento, tanto Mussolini como o Fascismo em si, buscavam desde a origem uma posição que estivesse além do Socialismo e do Capitalismo, como demonstrei acima. Por exemplo, no discurso proferido no Senado em 27 de novembro de 1922, Mussolini disse: “Eu não tenho medo de palavras. Se amanhã fosse necessário, eu me proclamaria o príncipe dos reacionários. Para mim, todas essas terminologias da direita, da esquerda, dos conservadores, da aristocracia ou da democracia são terminologias escolares vazias. Eles são usados para nos distinguir algumas vezes ou para nos confundir, geralmente”

A “Terceira Via Fascista” (Terza Via Fascista), segundo seus próprios fundadores, deveria ter representado uma forma de governo acima das opiniões divergentes dos partidos. Essas considerações vêm de um aspecto do Sansepolcrismo, resumido no famoso discurso de Mussolini (23 de março de 1921) na frase: “Não acreditamos em programas dogmáticos, nesse tipo de estruturas rígidas que devem conter e sacrificar a realidade complexa em constante mudança. […] nos permitimos o luxo de ser aristocráticos e democráticos; conservadores e progressistas; reacionários e revolucionários; legalitários e ilegalitários, de acordo com as circunstâncias de tempo, local e ambiente, em uma palavra “da história”, na qual somos forçados a viver e a agir”.

Por isso, para resumir toda esta trajetória do Fascismo e de Benito Mussolini, fiz um gráfico que mostra a evolução histórica deste partido político e a sua trajetória dentro do espectro político tradicional da Direita x Esquerda. Abraços a todos!

Paulo Maciel, 28/08/2021